quinta-feira, 7 de maio de 2020

Língua Portuguesa 2ª série EM


Olá, pessoal! Vamos continuar nossas atividades?
Atenção: Não é necessário copiar os textos no caderno, basta anotar as questões e as respectivas respostas e socializar no WhatsApp.
Assistam ao vídeo do Centro de mídias e façam as anotações de pontos mais importantes e atividades referentes ao vídeo.


Atividade 1 – Estratégias de leitura e textualização

Habilidade: Relacionar em artigos de opinião e anúncios publicitários – opiniões, temas, assuntos, recursos linguísticos, identificando o diálogo entre as ideias e o embate dos interesses existentes na sociedade.
Observe a foto do outdoor a seguir:



Questão 1 – Qual a finalidade desse texto?
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Questão 2 – O anúncio contém traços da linguagem informal com o uso das expressões “Eu tô aqui porque sou um outdoor. E você, tá fazendo o que na rua? Você acha que essas expressões foram escritas dessa maneira com alguma finalidade? Explique.
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Questão 3 – Observe a segunda mensagem presente no outdoor. “Todos juntos separados contra o coronavírus”. O que esta mensagem pretende transmitir ao interlocutor?
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Questão 4 – Um dos objetivos dos anúncios publicitários é chamar a atenção do interlocutor, seja para vender um produto, divulgar uma campanha ou conscientizar determinado público. Nesse caso, você acha que os elementos verbais e não verbais presentes no texto contribuíram para chamar a atenção do público?
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Leia os textos a seguir.


Texto 1
Outdoor usa meme do caixão para pedir que pessoas fiquem em casa em MG...


                   Outdoor foi colocado em Poços de Caldas, Minas Gerais. Imagem: Daniel Leite/UOL

Daniel Leite
                                                                                                       Colaboração para o UOL, em Juiz de Fora
09/04/2020 22h04
Um meme que viralizou nos últimos dias foi a saída encontrada por uma empresa mineira para chamar a atenção das pessoas para o isolamento e, de quebra, fazer uma propaganda do negócio. Em Poços de Caldas, a 453km de Belo Horizonte, foram instalados três outdoors mostrando os rapazes que ficaram famosos nas redes sociais por carregarem um caixão enquanto dançam.
A cena foi utilizada em várias montagens mostrando pessoas em perigo de vida, dando a entender que também seriam levadas por eles. Nas montagens, a cena é cortada em um ponto de tensão, quando entram os dançarinos de caixão ao som de "Astronomia 2K19", do DJ Stephan F. [...]





Texto 2
Coronavírus: as doenças dos ricos matam os pobres - de vírus ou de fome

Sem o apoio coletivo, os mais pobres não sobrevivem às crises, quaisquer que sejam elas.
Alexandre Haubrich
Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
 13 de Março de 2020 às 22:31

Em uma situação limite como a atual, os pobres ganham o direito à livre escolha: podem morrer de vírus ou de fome. - Eduardo Seidl

"Tem que garantir hoje porque não sabemos quando vai ter jogo de novo", disse uma guardadora de carro no entorno da Arena do Grêmio, minutos antes do Grenal da Libertadores.
As grandes crises trazem à tona problemas da sociedade que a aparente normalidade cotidiana muitas vezes maquia. Esses problemas aparecem nos efeitos e nas "soluções" para as crises. No caso da pandemia de coronavírus, uma questão que grita é a insegurança e a precariedade da vida dos trabalhadores. Me refiro especificamente ao Brasil e, mais especificamente, ao período pós 2015, em um quadro agravado pela reforma trabalhista de 2017. Como fica a situação dos trabalhadores que seguem obrigados a ir aos locais de trabalho e precisam, além disso, utilizar o transporte coletivo? E, pior: como fica a situação dos 40 milhões de trabalhadores informais do Brasil?
O cancelamento dos eventos esportivos, por exemplo. Quantos trabalhadores e trabalhadoras têm seus parcos ganhos vinculados ao entorno dos grandes jogos? Donos e funcionários de bares, guardadores de carro, funcionários contratados por empreitada pelos estádios, vendedores ambulantes... a lista é grande. Outro exemplo são os trabalhadores de aplicativos de transporte. Eles só recebem se trabalham, e carregam em seus veículos dezenas de pessoas todos os dias, em um pequeno espaço. Que segurança o mundo do trabalho oferece para esses trabalhadores? Que segurança o Estado garante para eles?
Propriedade social e proteção
[...]O coronavírus espalhou-se pelo mundo graças aos cidadãos que viajam ao exterior, e certamente não são os mais pobres, os trabalhadores precários, informais ou desempregados, os que o fazem. É uma doença espalhada involuntariamente por quem tem dinheiro para viajar. Mas os mais ricos e alguns setores de trabalhadores resguardados por alguns direitos conseguem algum nível de proteção: podem evitar o transporte público utilizando carros particulares, em alguns casos podem ficar em casa, acessam médicos particulares, etc. E os que são obrigados a continuar frequentando os locais de trabalho mesmo em uma situação de crise sanitária, precisando, para isso, utilizar o transporte coletivo? E os que não têm condições de pagar um médico particular?
Para esses é que são necessárias redes de proteção social. Eles precisam ter direito a ausentar-se do trabalho, precisam ter direito a médicos da família, precisam ter garantia de seguros se não puderem realizar seus trabalhos informais.[...]

A busca pelo lucro mata
Há outros fatores que expõe essa diferença de classe no caso do coronavírus. O álcool gel, por exemplo. Juntamente com a lavagem correta e reiterada das mãos e com evitar aglomerações, o uso de álcool gel tem sido apontado pelas autoridades sanitárias internacionais e locais como uma grande arma para combater a contaminação e propagação do coronavírus. Mas, no "livre mercado", o preço do álcool gel disparou em todo o Brasil - em Porto Alegre, por exemplo, os tubos portáteis, de 30g, estão custando R$ 10 em farmácias e supermercados. Como os mais pobres vão comprar? Não vão. E aí aumentam a chance de serem contaminados e contaminarem os outros, porque seguirão obrigados a utilizar o transporte público para deslocar-se ao trabalho, ou a dirigir seus veículos em aplicativos.
[...]
Morrer de quê?
Sem o apoio coletivo, os mais pobres não sobrevivem às crises, quaisquer que sejam elas. Em uma situação limite como a atual, ganham o direito à livre escolha, tão defendido pelos ultraliberais de terno, como Paulo Guedes: podem morrer de vírus ou de fome. Que liberdade é essa? É o oposto da civilização e da democracia. A vida em sociedade pode ser segura e livre de fato, mas apenas se houver um senso comum comunitário e políticas públicas que reflitam esse ideário. Para chegar-se ao direito à vida e à saúde é necessário passar-se pelos direitos do trabalho. 



Questão 5 – Após ler os textos 1 e 2, responda:
Qual o gênero do texto 1?
A) Notícia
B) Outdoor
C) Artigo de opinião
D) Crônica
Questão 6 – Quais os elementos contribuíram para que você identificasse o gênero do texto 1?
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Questão 7 - Qual o gênero do texto 2?
A) Reportagem
B) Notícia
C) Artigo de opinião
D) Crônica
Questão 8 – Quais elementos contribuíram para que você identificasse o gênero do texto 2?
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Questão 9 – A tese (ideia central) dos textos 1 e 2 são divergentes ou convergentes?
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Atividade 2 – Estratégias de leitura e textualização
Habilidade: Estabelecer relações lógico-discursivas, analisando o valor argumentativo dos conectivos.
Atenção: Assista ao vídeo a seguir e anote os pontos mais importantes no caderno.
Caso não tenha acesso ao vídeo, faça uma pesquisa no Google sobre conectivos e conjunções e anote em seu caderno.

Leia o texto abaixo:

Pode tocar à vontade A mistura do olhar treinado de designer com o olhar de criança curiosa fez com que Juliana Gatti se perguntasse: “Por que eu não sei que planta é essa da esquina de casa?” A resposta veio em forma de um interessante projeto, o Árvores Vivas. Junto com uma equipe, que inclui biólogos e paisagistas, Juliana bate perna pelos parques de São Paulo ensinando botânica de um jeito pouco convencional. As nomenclaturas ficam em segundo plano e o que vale é a sensação de “experimentar” as plantas por meio do toque.” Não é essencial saber o nome da espécie. Isso está disponível nos livros. É só sentindo a textura da folha do manacá que você vai lembrar o que é a folha do manacá”, justifica Juliana, que faz um mapeamento das árvores do parque antes dos passeios. Além de sua experiência pessoal e da ajuda da equipe, leva a tiracolo sua “caixa mágica” – como apelidou seu acervo com cerca de 100 diferentes espécies. Atualmente, só podem participar do Árvores Vivas empresas e escolas, mas a ideia é abrir inscrições para grupos independentes até o final do ano. Vida Simples.
Editora Abril. dez. 2010. p.15. (P090465ES_SUP)

Questão 1- No trecho “Além de sua experiência pessoal...” , a expressão destacada introduz uma ideia de:
A) oposição.
B) explicação.
C) alternância.
D) adição.

Questão 2 - Em cada uma das questões que seguem, há uma conjunção coordenativa grifada. Escreva no caderno, o tipo de relação estabelecido por tal conjunção, de acordo com o quadro a seguir:
Relação de adição - relação de oposição - relação de alternância - relação de conclusão - relação de explicação

A) Não vieram à festa nem telefonaram avisando. ___________________
B) Compre um carro, ou ande a pé. __________________________
C) Ele deve ser importante, pois todos falam dele. _____________________
D) O terreno era árido, mas produzia alimentos para todos. ______________
E) Saiu daqui faz umas duas horas, portanto já dever ter chegado. _________


Leia o texto a seguir:
Tendo em vista a textura volitiva da mente individual, a perene tensão entre o presente e o futuro nas nossas deliberações, entre o que seria melhor do ponto de vista tático ou local, de um lado, e o melhor do ponto de vista estratégico, mais abrangente, de outro, resulta em conflito.  

Comer um doce é decisão tática; controlar a dieta, estratégica. Estudar (ou não) para a prova de amanhã é uma escolha tática; fazer um curso de longa duração faz parte de um plano de vida. As decisões estratégicas, assim como as táticas, são tomadas no presente. A diferença é que aquelas têm o longo prazo como horizonte e visam à realização de objetivos mais remotos e permanentes.
O homem, observou o poeta Paul Valéry, “é herdeiro e refém do tempo”. A principal morada do homem está no passado ou no futuro. Foi a capacidade de reter o passado e agir no presente tendo em vista o futuro que nos tirou da condição de animais errantes. Contudo, a faculdade de arbitrar entre as premências do presente e os objetivos do futuro imaginado é muitas vezes prejudicada pela propensão espontânea a atribuir um valor desproporcional àquilo que está mais próximo no tempo.
Como observa David Hume, “não existe atributo da natureza humana que provoque mais erros em nossa conduta do que aquele que nos leva a preferir o que quer que esteja presente em relação ao que está distante e remoto, e que nos faz desejar os objetos mais de acordo com a sua situação do que com o seu valor intrínseco”.


(Adaptado de: GIANNETTI, Eduardo. Auto-engano. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, edição digital) 



Questão 3- Contudo, a faculdade de arbitrar entre as premências do presente e os objetivos do futuro imaginado... (3o parágrafo)

O elemento sublinhado acima introduz, em relação ao que se afirmou antes, uma 
A) Oposição.
B) Causa.
C) Consequência.
D) Finalidade.
 Leia o texto abaixo e responda à questão a seguir:
Facebook na vida real

Claro que você já leu nas redes sociais, mas vale o registro pela crítica comportamental embutida no texto bem-humorado cuja autoria desconheço: “Para as pessoas da minha geração que não compreendem realmente porque existem Facebook, WhatsApp etc.”
Atualmente, estou tentando fazer amigos fora do Facebook, enquanto utilizo os mesmos princípios.
Portanto, todo dia eu ando pela rua e digo aos pedestres o que comi, como me sinto, o que fiz na noite anterior e o que farei amanhã. Em seguida, lhes dou fotos da minha família, do meu cachorro e fotos minhas cuidando do jardim, comendo, passando o tempo na piscina etc.
Também ouço suas conversas e digo que amo todos eles.
E isso funciona!
Eu já tenho três pessoas me seguindo: dois policiais e um psiquiatra!


(OSTERMANN, Valther. Recebido por WhatsApp em 30/04/2019.)



Questão 4 - Os conectores discursivos promovem o encadeamento das ideias e contribuem para a progressão textual. Sobre o uso de conectores no texto, assinale a afirmativa correta.
A) Para acrescentar algo ao que foi anteriormente apresentado na exata ordem das ações praticadas, foi usado, no início do quarto parágrafo, o conector Também
B) O terceiro parágrafo foi iniciado pelo termo Portanto, elemento conectivo que explica a causa do que foi dito no parágrafo anterior.
C) O advérbio Atualmente funciona como conector a indicar relevância às ideias que estão sendo apresentadas no texto.
D) O conector Em seguida situa o leitor na continuidade dos acontecimentos, na ordem em que as ações são praticadas.

Leia o texto e responda a questão a seguir.
Entre os achados da pesquisa, apontou que as taxas de aborto caem em países desenvolvidos e se mantêm estáveis nos países em desenvolvimento; que[1] a América Latina é a região com mais alta taxa anual de aborto (44 a cada 1.000 mulheres em idade reprodutiva) e com a mais alta taxa de gravidez indesejada (96 a cada 100 mulheres). Mostrou também que a taxa de aborto é similar entre os países que legalizaram e os que continuam proibindo a prática. Em suas palavras: "Restrições jurídicas não eliminam o aborto. Em vez disso, aumentam as chances de abortos inseguros, pois[2] mulheres são compelidas a buscar a via clandestina". 



Questão 5 - No contexto em que surge, o elemento linguístico pois [2] estabelece com a oração anterior uma relação de 
A) explicação, podendo ser substituído, sem alteração de sentido, por “porque”.
B) conclusão, podendo ser substituído, sem alteração de sentido, por “portanto”.
C) consequência, podendo ser substituído, sem alteração de sentido, por “consequentemente”. 
D) concessão, podendo ser substituído, sem alteração de sentido, por “embora”.


Bons estudos!

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