sexta-feira, 26 de junho de 2020

Atividade/aula - Ciências - 9 ano - Prof Ezel - período de 22 à 26/06/20


É necessário o registro desta atividade/aula em seu caderno!!!


Você já parou para pensar em por que geralmente somos parecidos com as pessoas de nossa família, principalmente com nossos pais ou mesmo com nossos avós?  Essas questões são explicadas pela hereditariedade, estudada pela Genética, uma área das Ciências Biológicas.

Entretanto, há alguns milênios, os antigos ainda não conheciam tais mecanismos, e se preocupavam em buscar explicações para tal. A pangênese, por exemplo, foi uma hipótese proposta pelo filósofo grego Hipócrates, aproximadamente 410 anos a.C.. Segundo ela, cada órgão do corpo produziria um material hereditário específico: as gêmulas. Estas se agregariam, e tal conjunto seria, então, encaminhado ao sêmen, transmitindo as características paternas ao futuro filho. Foi este mesmo filósofo o precursor da teoria dos caracteres adquiridos, futuramente adotado por Lamarck.

A pangênese foi aceita por muitos anos, sendo, inclusive, considerada por Darwin ao escrever sua famosa obra.

Décadas depois, Aristóteles propôs que tanto pai quanto mãe eram responsáveis pela liberação de material genético para as novas gerações, pela mistura de sangues: o sêmen (purificado) e sangue menstrual feminino.

Ele argumentava, ainda, que a pangênese era inconsistente, por não explicar, por exemplo, um indivíduo com características semelhantes às dos avós, e inexistentes nos pais; ou mesmo o fato de plantas mutiladas produzirem descendentes íntegros.

Finalmente, em 1667, Leeuwenhoek descobriu a presença do espermatozoide no sêmen, associando ele à formação dos seres vivos. Entretanto, foi somente no século XIX, com avanços na área da microscopia, que percebeu-se que óvulos e espermatozoides, fecundados, davam origem a novos indivíduos.                      Mais tarde, o monge Gregor Mendel foi capaz de reconhecer a segregação independente; propiciando o surgimento da Genética moderna e a consolidação da teoria cromossômica da herança.

A partir da década de 40, novas descobertas foram feitas: a influência do DNA como responsável pela transmissão de caracteres hereditários e sua dupla hélice; o código genético; e a capacidade de se isolar e transplantar genes.


GENÉTICA

Genética é uma área da biologia que estuda os mecanismos da hereditariedade ou herança biológica.

Para estudar as formas de transmissão das informações genéticas nos indivíduos e populações, existem várias áreas de conhecimento que se relacionam com a genética clássica como a biologia molecular, a ecologia, a evolução e mais recentemente se destaca a genômica, em que se utiliza a bioinformática para o tratamento de dados.

Conceitos Básicos

Conheça os principais conceitos genéticos e entenda sobre cada um deles:


Células Haploides e Diploides



Célula diploide e haploide

As células haploides (n) possuem apenas um conjunto de cromossomos. Assim, nos animais, as células sexuais ou gametas são haploides. Essas células possuem metade do número de cromossomos da espécie.
As células diploides (2n) são aquelas que possuem dois conjuntos de cromossomos, como é o caso do zigoto, que possui um conjunto de cromossomos originários da mãe e um conjunto originário do pai. São células diploides, os neurônios, células da epiderme, dos ossos, entre outras.

Cromossomos

Cromossomo
                                                 Os cromossomos são encontrados no núcleo da célula
Os cromossomos são sequencias da molécula de DNA, em forma de espiral, que apresentam genes e nucleotídeos. O número de cromossomos varia de uma espécie para outra, é representado por n. Por exemplo, a mosca Drosophila possui 8 cromossomos nas células do corpo e 4 nos gametas. A espécie humana possui um número total de 46 cromossomos nas células diploides e 23 nos gametas. Ao conjunto de cromossomos de uma dada espécie, que apresenta forma, tamanho e número característicos, damos o nome de cariótipo. 

Cromossomos Homólogos

Cada cromossomo presente no espermatozoide encontrará correspondência nos cromossomos do óvulo.   Em outras palavras, os cromossomos de cada gameta são homólogos, uma vez que possuem genes que determinam certa característica, organizados na mesma sequência em cada um deles.
Introdução à Genética
Representação de cromossomos homólogos e a localização (ou locus gênico) de alguns genes alelos, que determinam características específicas.

Genes

Gene
                                    Genes são fragmentos de DNA encontrados no núcleo da célula
Os genes são esses fragmentos sequenciais do DNA, responsáveis por codificar informações que irão determinar a produção de proteínas que atuarão no desenvolvimento das características de cada ser vivo.    Eles são considerados a unidade funcional da hereditariedade.                                                Os genes alelos são aqueles que ocupam o mesmo lócus em cromossomos homólogos e estão envolvidos na determinação de um mesmo caráter. Eles são responsáveis pela determinação de certa característica, por exemplo, cor do pelo nos coelhos, possuem variações, determinando características diferentes, por exemplo pelo marrom ou branco. Além disso, ocorrem aos pares, sendo um de origem materna e outro de origem paterna.

Alelos e Alelos Múltiplos








Alelos
Exemplos de genes alelos

Um alelo é cada uma das várias formas alternativas do mesmo gene que ocupa um locus no cromossomos e atuam na determinação do mesmo caráter. Os alelos múltiplos ocorrem quando os genes apresentam mais de duas formas alélicas.
Nesse caso, mais de dois alelos estão presentes na determinação de um caráter.

Homozigotos e Heterozigotos

Homozigoto
                                               Exemplos de homozigotos e heterozigotos
Os seres homozigotos são aqueles que apresentam pares de genes alelos idênticos (AA/aa), ou seja, possuem genes alelos idênticos.                  Enquanto isso, os heterozigotos caracterizam os indivíduos que possuem dois genes alelos distintos (Aa).

Genes Dominantes e Recessivos                                                
Quando um indivíduo heterozigótico possui um gene alelo dominante ele se expressa determinando uma certa característica. Os genes dominantes são representados por letras maiúsculas (AA, BB, VV) e expressos fenotipicamente em heterozigose.                    Quando o gene alelo não se expressa nesse indivíduo, ele é um gene recessivo. Os genes recessivos são representados por letras minúsculas (aa, bb, vv) donde os fenótipos são expressos somente em homozigose.

Fenótipo e Genótipo

Genótipo e Fenótipo
                                                                          Fenótipo e Genótipo
O genótipo é o conjunto das informações contidas nos genes, desse modo, irmãos gêmeos têm o mesmo genótipo pois possuem os mesmo genes. Ele representa a constituição genética do indivíduo.
Já o fenótipo é a expressão dos genes, ou seja, é o conjunto das características que vemos nos seres vivos, por exemplo, a cor dos olhos, o tipo sanguíneo, a cor das flores de uma planta, a cor do pelo de um gato, entre outras.



Herança Ligada ao Sexo                                                                   
Os cromossomos sexuais são aqueles que determinam o sexo dos indivíduos. As mulheres possuem 2 cromossomos X, enquanto os homens possuem um cromossomo X e um Y. Desse modo, é o gameta masculino que determina o sexo dos filhos.                        Como os cromossomos X tem muito mais genes o que o Y, alguns dos genes do X não têm alelo correspondente no Y, desse modo determinam a herança ligada ao cromossomo sexual ou ligada ao sexo.




CURIOSIDADES!


daltonismo e a hemofilia são exemplos de doenças determinadas por genes presentes no cromossomo X. O daltonismo, que é um tipo de cegueira para cores, é uma condição produzida por um alelo mutante responsável pela produção de um dos pigmentos visuais.


Como o mundo é visto pelos olhos de um daltônico


Interação Gênica


interação gênica é o fenômeno genético em que vários genes interagem entre si para influenciar uma única característica. Ela envolve graus variáveis de complexidade. Os casos mais simples, porém, resultam da interação entre dois genes que segregam independentemente. Em um estudo clássico realizado por Bateson e Punnett, ficou demonstrado que o caráter "tipo de crista" em galinhas, por exemplo, é determinado por dois genes independentes (que equivale a dois pares de alelos). O contrário da interação gênica é a pleiotropia, em que um par de alelos (ou seja, um único gene) determina ao mesmo tempo mais de um caráter do organismo.

Em resumo :
Epitasia: um gene que pode mascarar a expressão de outros genes, ou seja, o produto do primeiro gene máscara o efeito fenotípica de outro.
Pleiotropia: Um único gene responsável pela produção de várias e distintas características fenotípicas, aparentemente não relacionadas.

O gene para calvície por exemplo, é epistático sobre os genes para cor de cabelo ruivo e loiro.



Fonte: Brasil Escola; Toda Matéria; Livro Didático - Ciências Vida e Universo - Leandro G. -

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