Olá, pessoal! Estas
atividades têm como objetivo revisar conteúdos que serão abordados na AAP 1º
Bimestre. Alguns conteúdos e habilidades já foram trabalhados em sala de aula,
outros vocês precisarão pesquisar e assistir às videoaulas aqui sugeridas.
Peço que socializem as
dúvidas e respostas no grupo do WhatsApp, para que eu possa planejar aulas de
acordo com a necessidade de vocês. Há também o aplicativo Teams e os comentários
aqui no blog, mais duas ferramentas que vocês podem utilizar para interagir com
os professores.
Atividade 1 – Práticas de leitura e escrita
Habilidade: Reconhecer diferentes formas de tratar uma
informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema.
Como apoio para responder às
questões, assista aos vídeos a seguir:
Tipos de intertextualidade.
Intertextualidade
Intertextualidade e Paráfrase
Leia os textos abaixo.
Texto 1
Menor
preço
Sim,
às vezes o produto ou o alimento pode conter fontes de vitamina maior ou
igual com menor preço nas prateleiras dos supermercados. Há produtos de
segunda linha que são produzidos em alta escala com a mesma matéria-prima, só
muda a marca.
Vagner Pontin
|
Texto 2
Saudáveis
O
aumento mundial do preço dos alimentos e seus efeitos negativos devido aos
ataques especulativos e das intempéries da natureza são proporcionais à renda
de cada família. A saída natural é consumir frutas, verduras e legumes da
estação, vez que, além de mais baratos, servem para variar o cardápio sem
perda qualitativa de nutrientes. Quem não se enquadrar a essa nova realidade
paga mais caro e nem sempre tem a garantia de ter um produto saudável.
Walmir da Hora
|
Questão
1
- Com relação ao tema "alimentação",
A) no
Texto 2, há um incentivo ao consumo de alimentos saudáveis produzidos em cada
estação.
B) no Texto 2, os alimentos saudáveis são considerados caros
e sem garantia de serem nutritivos.
C) nos Textos 1 e 2, encontram-se opiniões divergentes
sobre os preços de cada alimento.
D) nos Textos 1 e 2,
os altos preços dos alimentos são definidos por suas respectivas marcas.
Leia os textos a seguir.
Texto 1
Navegar é
Preciso
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
“Navegar é preciso; viver não é preciso”.
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu
corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue o propósito
impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.
Fernando
Pessoa.
|
Texto 2
Eu penso por meio de metáforas. Minhas idéias
nascem da poesia. Descobri que o que penso sobre a educação está resumido num
verso célebre de Fernando Pessoa: “Navegar é preciso. Viver não é preciso”.
Navegação é ciência, conhecimento rigoroso. Para
navegar, barcos são necessários. Barcos se fazem com ciência, física,
números, técnica. A navegação, ela mesma, faz-se com ciência: mapas,
bússolas, coordenadas,meteorologia. Para a ciência da navegação é necessária
a inteligência instrumental, que decifra o segredo dosmeios. Barcos, remos,
velas e bússolas são meios.
Já o viver não é coisa precisa. Nunca se sabe ao
certo. A vida não se faz com ciência. Faz-se com sapiência.É possível ter a
ciência da construção de barcos e, ao mesmo tempo, o terror de navegar. A ciência
da navegação não nos dá o fascínio dos mares e os sonhos de portos onde
chegar. Conheço um erudito que tudo sabe sobre filosofia, sem que a filosofia
tenha jamais tocado a sua pele. A arte de viver não se faz com a inteligência
instrumental. Ela se faz com a inteligência amorosa.
(Rubem Alves, “Por uma
educação romântica”, p. 112-113.)
|
Questão 2 - Ambos os textos utilizaram a frase “Navegar é preciso,
viver não é preciso”, que é a tradução da frase latina “Navigarenecesse; vivere
non est necesse”. Relacione os textos 1 e 2 e, com base nisso, explique a
diferença do uso dessa expressão nos dois textos.
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Leia o texto abaixo.
Questão 3 - (UFBA – BA) - A tira trata de modo bem-humorado aspectos relativos à
adolescência.
A) A partir da sequência de quadros, justifique por que o
adolescente utiliza um kit básico de frases para sobreviver.
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B) Considere a legenda na parte inferior da tira e
explique como o recurso da intertextualidade ajuda a compor o efeito de humor
do texto.
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Leia
os textos a seguir.
Texto 1
“O
discurso do humor: temas, técnicas e leituras
Se
você diz a alguém que estuda piadas, o primeiro efeito que produz ainda é o
riso. É uma pena que seja assim, porque as piadas são de fato um tipo de
material altamente interessante. Por várias razões.
Em
primeiro lugar, as piadas são interessantes para os estudiosos porque
praticamente só há piadas sobre temas que são socialmente controversos.
Assim, sociólogos e antropólogos poderiam ter nelas um excelente corpus para
tentar reconhecer (ou confirmar) diversas manifestações culturais e
ideológicas, valores arraigados. […]
Em
segundo lugar, porque piadas operam fortemente com estereótipos. Assim,
fornecem um bom material para pesquisas sobre “representações”, por exemplo.
Possivelmente, qualquer estudioso tenha o direito de afirmar que tais
representações são grosseiras demais para revelarem qualquer fato
significativo. Mas estará enganado. De fato, elas revelam que,
freqüentemente, discursos operam mesmo com representações grosseiras,
estereotipadas. E que, portanto, muitas ações sociais são realizadas com esse
frágil fundamento – não dar emprego a determinados tipos de pessoas por causa
de seu sotaque ou da cor de sua pele ou do seu tamanho, por exemplo. […]
Em
terceiro lugar, as piadas são interessantes porque são quase sempre veículo
de um discurso proibido, subterrâneo, não oficial, que não se manifestaria,
talvez, através de outras formas de coletas de dados, como entrevistas. Outra
face da mesma característica é que as piadas veiculam discursos não
explicitados correntemente (ou, pelo menos, discursos pouco oficiais). […]”
(POSSENTI, Sírio. “Os humores da língua”.
Campinas, SP: Mercado de Letras. 1998. pp 25-6.)
|
Texto 2
Questão 4 - Sobre os textos 1 e 2 responda.
A) Possenti (texto 1) alega que as piadas são materiais
interessantes para o estudo de uma sociedade. Explique os motivos que o leva a
pensar assim.
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B) Segundo Possenti
(texto 1), sociólogos e antropólogos as piadas não são vistas como objeto de
estudo. Identifique a palavra que aponta essa ideia no segundo parágrafo.
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C) Qual o principal argumento exposto no texto 1 – para justificar
o estudo de piadas – relaciona-se com a tira de Ziraldo? Justifique a resposta.
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Atividade
2 – Práticas de leitura e escrita
Habilidade:
Identificar o tema de um texto / Identificar o público-alvo de um texto (letra de
música, trecho de romance, teatro, poema, conto, notícia, artigo de opinião,anúncio,
cartaz).
Leia
o texto abaixo:
Uma breve história da
estereospcopia
Camadas de história constroem o atual sucesso do 3D no cinema e
seu ingresso nas salas de estar, com os aparelhos de televisão. Nossos
bisavós, a partir de meados do século XIX e início do XX, já namoravam a
tecnologia, hoje redescoberta. Em 1833, o inglês Charles Wheatstone construiu
um aparelho de espelhos muito simples, mas engenhoso, por meio do qual se
visualizavam desenhos tridimensionais "em relevo". Um olho mirava
uma foto, o outro sua equivalente, sua quase gêmea, e no cérebro se dava a
fusão mágica. Esse aparelho - o estereoscópio -, ainda hoje encontrado nas
feiras de antiguidade, foi o precursor do 3D. Ao casar-se com a fotografia,
invenção ainda na infância, detonou uma explosão de imagens tridimensionais,
que se valiam da riqueza de detalhes que surgiam espectacularmente dos retratos
de famílias e de paisagens. Essa combinação, a união de duas tecnologias
ainda imberbes, fez expandir o consumo de imagens que pareciam brotar da
superfície.
|
A) a expansão da tecnologia 3D.
B) a influência da tecnologia 3D.
C) a
origem da tecnologia 3D.
D) o resultado da tecnologia 3D.
E) o sucesso da tecnologia 3D.
Leia
os textos abaixo.
Texto II
Diversidade
Racial ganha espaço no RH das agências de publicidade
Programas
de seleção passam a contar com consultorias especializadas como a EmpregueAfro.
Mariana Barbosa
FSP. 17/12/2017
Enquanto
a propaganda ainda tem dificuldade de mostrar a diversidade racial dopaís,
começam a surgir iniciativas para ampliar a diversidade nos quadros das agências
de publicidade. [...]
Além
da responsabilidade social, John diz que as agências só têm a ganhar com a
diversidade. “Esses jovens trazem um olhar muito mais fresco para a nossa comunicação,
que ainda é elitista.”
A
agência digital New Vegas, especializada em mídias sociais, também já
ofereceu
estágios e cursos voltados para negros. A Publicis, por sua vez, criou
uma
plataforma interna para promover a diversidade e a inclusão, além de um
comitê
de diversidade.
Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/12/1943978-diversidade-racial-ganha-
espaco-no-rh-das-agencias-de-publicidade.shtml>.
Acesso em: 01 fev. 2019. (adaptado)
|
Questão
2 - Os
Textos I e II apresentam a mesma temática: o racismo; porém, ao compará-los,
reconhece-se que:
(A) O primeiro
texto condena o racismo e o segundo aponta soluções para a questão.
(B) O Texto I é descritivo e apenas coloca lado a lado, figuras
de cérebros
humanos.
(C) Ambos os textos são figurativos e apresentam temas de
pouco interesse social.
(D) O Texto II condena as empresas que empregam jovens de
raças
diversificadas.
(E) O primeiro texto faz uma crítica visual e o segundo,
uma crítica romanceada.
Questão
3
- Os autores dos dois textos dirigem-se a pessoas que
(A) acham que os cérebros devem ser iguais.
(B)
leem e que se interessam pelo assunto.
(C) são contrários aos negros e aos oprimidos.
(D) pensam que os brancos são maioria.
(E) lutam contra os direitos humanos.
Leia o texto a seguir.
[...]
Rubião
fitava a enseada, eram oito horas da manhã. Quem o visse, com os
polegares
metidos no cordão do chambre, à janela de uma grande casa de
Botafogo,
cuidaria que ele admirava aquele pedaço de água quieta; mas, em
verdade,
vos digo que pensava em outra coisa. Cotejava o passado com o
presente.
Que era, há um ano? Professor. Que é agora? Capitalista. Olha
para
si, para as chinelas (umas chinelas de Túnis, que lhe deu recente amigo,
Cristiano
Palha), para a casa, para o jardim, para a enseada, para os morros e
para
o céu; e tudo, desde as chinelas até o céu, tudo entra na mesma sensação
de
propriedade.
—
Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa ele. Se mana
Piedade
tem casado com Quincas Borba, apenas me daria uma esperança
Colateral.
Não casou; ambos morreram, e aqui está tudo comigo; de modo que
o que
parecia uma desgraça...[...]
ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Quincas
Borba. Rio de Janeiro: Jackson, 1959. p. 7. (adaptado)
Questão
4
- A última frase da fala de Rubião não foi terminada. Isso permite ao leitor
inferir que
A) Deus sempre realiza os desejos das pessoas desde que
eles sejam tristes.
B) a personagem ficou arrasada com a morte da irmã e de
Quincas Borba.
C)
aquilo que era para ser uma infelicidade, transformou-se em um benefício.
D) Rubião gostava de apreciar a maravilhosa paisagem a
seu redor.
E) o casamento da irmã seria a maior felicidade da vida
de Rubião.
Leia
o texto a seguir e responda às questões 5 e 6.
A Canção Do Senhor Da Guerra
Renato Russo
Existe
alguém esperando por você
Que
vai comprar a sua juventude
E
convencê-lo a vencer
Mais
uma guerra sem razão
Já
são tantas as crianças
Com
armas na mão
Mas
explicam novamente que a guerra
Gera
empregos, aumenta a produção
Uma
guerra sempre avança a tecnologia
Mesmo
sendo guerra santa
Quente,
morna ou fria
Pra
que exportar comida se as armas
Dão
mais lucros na exportação?
Existe
alguém que está contando com você
Pra
lutar em seu lugar já que nessa guerra
Não é
ele quem vai morrer
E
quando longe de casa
Ferido
e com frio
O
inimigo você espera
Ele
estará com outros velhos
Inventando
novos jogos de guerra
Que
belíssimas cenas de destruição
Não
teremos mais problemas
Com a
superpopulação
Veja
que uniforme lindo fizemos pra você
E
lembre-se sempre que:
Deus
está do lado de quem vai vencer
O
senhor da guerra não gosta de crianças (6 vezes)
Disponível em:
<https://www.letras.mus.br/legiao-urbana/65536/>. Acesso em: 30 abr
2020.
|
Questão
5
- Assinale os versos em que o eu lírico faz um protesto contra a guerra,
revelando uma postura humanitária.
(A) “E lembre-se sempre que:/Deus está do lado de quem
vai vencer”
(B) “Pra que exportar comida se as armas/Dão mais lucros
na exportação?”
(C)
“Mais uma guerra sem razão/Já são tantas as crianças/Com armas na mão.”
(D) “Que belíssimas cenas de destruição/Não teremos mais
problemas/Com a superpopulação”
(E) “Uma guerra sempre avança a tecnologia/Mesmo sendo
guerra santa/ Quente, morna ou fria.”
Questão
6
– Assinale a alternativa em que as considerações revelam opiniões opostas sobre
a guerra
(A) “E convencê-lo a vencer” X “[...] que uniforme lindo
fizemos pra você”.
(B)
“Mais uma guerra sem razão” X “Que belíssimas cenas de destruição”.
(C) “Pra (você) lutar em seu lugar [...]” X “Ferido e com
frio / O inimigo você espera”.
(D) “Uma guerra sempre avança a tecnologia” X “[...] a
guerra [...] aumenta a produção”.
(E) “O senhor da guerra não gosta de crianças” X “[...]
tantas crianças com armas na mão”.
Bons estudos!
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