Sugestão de leitura: O Peso da Luz: Einstein no Ceará

Por: Polyana Mendes de Oliveira

"A imaginação é mais importante que o conhecimento-Albert Einstein."

Título: O Peso da Luz: Einstein no Ceará Autora: Ana Miranda Editora: Armazém da Cultura

 Roselano Rolim, nascido em Cajazeiras(Paraíba), sem muito conhecimento, mas com uma criatividade admirável e uma curiosidade questionável. Desde muito jovem não via as coisas da forma que são, mas, como ficariam depois de transformadas.

Admirador do grande físico Albert Einstein, ele recebeu a notícia de seu amigo poeta que uma comissão de cientistas ingleses viriam a Sobral, ao norte do Ceará, com a finalidade de comprovar a teoria da relatividade geral de Einstein, durante um eclipse total do sol que ocorreu em, 29 de maio de 1919.

Então em companhia de seu amigo poeta e seu papagaio Galileu, Roselano embarca em uma jornada que traz grande revolução em sua vida, que o faz descobrir novos mundos, formas de amar, se relacionar e a revolução do lado universal da vida que se consome em um moto-perpétuo estelar. E com esperança de encontrar-se com Einstein, segue viagem.

Nessa viagem ele conhece vários cientistas, incluindo Charles Davidson e o grande astrônomo britânico Andrew Crommelin, que o fazem conhecer mais sobre o mundo científico, e surge grande interesse da parte dele.

Observando um passado próximo em que naquela cidade um eclipse era uma coisa amedrontadora, esses cientistas desmitificaram essa lenda. 

No dia do grande acontecimento pessoas iam a igreja rezar, mulheres em todo lugar com terços nas mãos, à cidade toda parou para aguardá-lo, já estavam atentos quanto a não fazer nenhum barulho, provavelmente o maior acontecimento já vivido naquela cidade.

Pessoas de alto cargo iam ao acampamento dos cientistas, para poder ver totalmente o eclipse.

 Na manhã do eclipse o dia estava coberto por nuvens, Roselano no alto do seu desespero rezou à santa Matilde para que abrisse a visão dos céus. E então por volta das 8:56 da manhã, parte do céu começou se abrir e todos puderam ver.

Naquela multidão uma mão gelada o puxa, era Sabina uma moça que conhecera

quando chegou na cidade, ela leva-o para a frente de sua casa, e ele vê uma roda de pessoas reunidas em volta de uma carroça, e lá no meio estava seu amigo poeta deitado sobre uma poça de sangue, no local havia um médico e lhe dá a notícia do falecimento, que ocorreu durante o eclipse.

Roselano fica muito angustiado com tudo o que lhe acontecera, e depois de uns dias chega o dia de ir embora, ele se despede de seus conhecidos da cidade, pega seu baú com uns livros que lhe restaram, a gaiola com Galileu, o baú do poeta com seus pertences, e toma o trem de carreira no dia marcado, seguindo até o Rio de Janeiro. 

Lá ele conheceu uma jovem chamada Rosa, tiveram 5 filhos. Ele abriu uma pequena relojoaria que em pouco tempo prosperou.

Alguns anos depois ele resolveu passear no jardim Botânico, levando consigo seu papagaio, quando viu que um grupo de senhores se aproximava, seus olhos distinguiram num instante um homem de chapéu claro, bigode escuro, andando com as mãos para trás, ladeado por dois senhores, era Einstein, e quando ele viu Roselano com seu papagaio, veio observar de perto e com muita curiosidade.

Eles conversaram e Roselano acabou dando seu papagaio para ele, que o dissera ter grande desejo de criar o animal. Esse provavelmente foi o dia mais feliz da vida de Roselano.