sexta-feira, 1 de maio de 2020

Língua Portuguesa - 2º Ano - EM


Olá, pessoal! Estas atividades têm como objetivo revisar conteúdos que serão abordados na AAP 1º Bimestre. Alguns conteúdos e habilidades já foram trabalhados em sala de aula, outros vocês precisarão pesquisar e assistir às videoaulas aqui sugeridas.
Peço que socializem as dúvidas e respostas no grupo do WhatsApp, para que eu possa planejar aulas de acordo com a necessidade de vocês. Há também o aplicativo Teams e os comentários aqui no blog, mais duas ferramentas que vocês podem utilizar para interagir com os professores.


Atividade 1 – Práticas de leitura e escrita

Habilidade: Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema.
Como apoio para responder às questões, assista aos vídeos a seguir:
Tipos de intertextualidade.


Intertextualidade 

Intertextualidade e Paráfrase

Leia os textos abaixo.
Texto 1

Menor preço
Sim, às vezes o produto ou o alimento pode conter fontes de vitamina maior ou igual com menor preço nas prateleiras dos supermercados. Há produtos de segunda linha que são produzidos em alta escala com a mesma matéria-prima, só muda a marca.
Vagner Pontin

Texto 2

Saudáveis
O aumento mundial do preço dos alimentos e seus efeitos negativos devido aos ataques especulativos e das intempéries da natureza são proporcionais à renda de cada família. A saída natural é consumir frutas, verduras e legumes da estação, vez que, além de mais baratos, servem para variar o cardápio sem perda qualitativa de nutrientes. Quem não se enquadrar a essa nova realidade paga mais caro e nem sempre tem a garantia de ter um produto saudável.
Walmir da Hora


Questão 1 - Com relação ao tema "alimentação",

A) no Texto 2, há um incentivo ao consumo de alimentos saudáveis produzidos em cada estação.
B) no Texto 2, os alimentos saudáveis são considerados caros e sem garantia de serem nutritivos.
C) nos Textos 1 e 2, encontram-se opiniões divergentes sobre os preços de cada alimento.
D) nos Textos 1 e 2, os altos preços dos alimentos são definidos por suas respectivas marcas.


Leia os textos a seguir.
Texto 1
Navegar é Preciso

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
“Navegar é preciso; viver não é preciso”.

Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.

Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.

Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.
Fernando Pessoa.



Texto 2
Eu penso por meio de metáforas. Minhas idéias nascem da poesia. Descobri que o que penso sobre a educação está resumido num verso célebre de Fernando Pessoa: “Navegar é preciso. Viver não é preciso”.
Navegação é ciência, conhecimento rigoroso. Para navegar, barcos são necessários. Barcos se fazem com ciência, física, números, técnica. A navegação, ela mesma, faz-se com ciência: mapas, bússolas, coordenadas,meteorologia. Para a ciência da navegação é necessária a inteligência instrumental, que decifra o segredo dosmeios. Barcos, remos, velas e bússolas são meios.
Já o viver não é coisa precisa. Nunca se sabe ao certo. A vida não se faz com ciência. Faz-se com sapiência.É possível ter a ciência da construção de barcos e, ao mesmo tempo, o terror de navegar. A ciência da navegação não nos dá o fascínio dos mares e os sonhos de portos onde chegar. Conheço um erudito que tudo sabe sobre filosofia, sem que a filosofia tenha jamais tocado a sua pele. A arte de viver não se faz com a inteligência instrumental. Ela se faz com a inteligência amorosa.
(Rubem Alves, “Por uma educação romântica”, p. 112-113.)



Questão 2 Ambos os textos utilizaram a frase “Navegar é preciso, viver não é preciso”, que é a tradução da frase latina “Navigarenecesse; vivere non est necesse”. Relacione os textos 1 e 2 e, com base nisso, explique a diferença do uso dessa expressão nos dois textos.
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 Leia o texto abaixo.


Questão 3 - (UFBA – BA) -  A tira trata de modo bem-humorado aspectos relativos à adolescência.

A) A partir da sequência de quadros, justifique por que o adolescente utiliza um kit básico de frases para sobreviver.
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B) Considere a legenda na parte inferior da tira e explique como o recurso da intertextualidade ajuda a compor o efeito de humor do texto.
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Leia os textos a seguir.

Texto 1
“O discurso do humor: temas, técnicas e leituras
Se você diz a alguém que estuda piadas, o primeiro efeito que produz ainda é o riso. É uma pena que seja assim, porque as piadas são de fato um tipo de material altamente interessante. Por várias razões.
Em primeiro lugar, as piadas são interessantes para os estudiosos porque praticamente só há piadas sobre temas que são socialmente controversos. Assim, sociólogos e antropólogos poderiam ter nelas um excelente corpus para tentar reconhecer (ou confirmar) diversas manifestações culturais e ideológicas, valores arraigados. […]
Em segundo lugar, porque piadas operam fortemente com estereótipos. Assim, fornecem um bom material para pesquisas sobre “representações”, por exemplo. Possivelmente, qualquer estudioso tenha o direito de afirmar que tais representações são grosseiras demais para revelarem qualquer fato significativo. Mas estará enganado. De fato, elas revelam que, freqüentemente, discursos operam mesmo com representações grosseiras, estereotipadas. E que, portanto, muitas ações sociais são realizadas com esse frágil fundamento – não dar emprego a determinados tipos de pessoas por causa de seu sotaque ou da cor de sua pele ou do seu tamanho, por exemplo. […]
Em terceiro lugar, as piadas são interessantes porque são quase sempre veículo de um discurso proibido, subterrâneo, não oficial, que não se manifestaria, talvez, através de outras formas de coletas de dados, como entrevistas. Outra face da mesma característica é que as piadas veiculam discursos não explicitados correntemente (ou, pelo menos, discursos pouco oficiais). […]”
 (POSSENTI, Sírio. “Os humores da língua”. Campinas, SP: Mercado de Letras. 1998. pp 25-6.)



Texto 2 
Questão 4 - Sobre os textos 1 e 2 responda.
A) Possenti (texto 1) alega que as piadas são materiais interessantes para o estudo de uma sociedade. Explique os motivos que o leva a pensar assim.
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B) Segundo Possenti (texto 1), sociólogos e antropólogos as piadas não são vistas como objeto de estudo. Identifique a palavra que aponta essa ideia no segundo parágrafo.
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C) Qual o principal argumento exposto no texto 1 – para justificar o estudo de piadas – relaciona-se com a tira de Ziraldo? Justifique a resposta.

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Atividade 2 – Práticas de leitura e escrita

Habilidade: Identificar o tema de um texto / Identificar o público-alvo de um texto (letra de música, trecho de romance, teatro, poema, conto, notícia, artigo de opinião,anúncio, cartaz).

Leia o texto abaixo:

Uma breve história da estereospcopia

Camadas de história constroem o atual sucesso do 3D no cinema e seu ingresso nas salas de estar, com os aparelhos de televisão. Nossos bisavós, a partir de meados do século XIX e início do XX, já namoravam a tecnologia, hoje redescoberta. Em 1833, o inglês Charles Wheatstone construiu um aparelho de espelhos muito simples, mas engenhoso, por meio do qual se visualizavam desenhos tridimensionais "em relevo". Um olho mirava uma foto, o outro sua equivalente, sua quase gêmea, e no cérebro se dava a fusão mágica. Esse aparelho - o estereoscópio -, ainda hoje encontrado nas feiras de antiguidade, foi o precursor do 3D. Ao casar-se com a fotografia, invenção ainda na infância, detonou uma explosão de imagens tridimensionais, que se valiam da riqueza de detalhes que surgiam espectacularmente dos retratos de famílias e de paisagens. Essa combinação, a união de duas tecnologias ainda imberbes, fez expandir o consumo de imagens que pareciam brotar da superfície.

Questão 1 - O tema desse texto é
A) a expansão da tecnologia 3D.
B) a influência da tecnologia 3D.
C) a origem da tecnologia 3D.
D) o resultado da tecnologia 3D.
E) o sucesso da tecnologia 3D.

Leia os textos abaixo.


Texto II
Diversidade Racial ganha espaço no RH das agências de publicidade
Programas de seleção passam a contar com consultorias especializadas como a EmpregueAfro.
Mariana Barbosa
FSP. 17/12/2017
Enquanto a propaganda ainda tem dificuldade de mostrar a diversidade racial dopaís, começam a surgir iniciativas para ampliar a diversidade nos quadros das agências de publicidade. [...]
Além da responsabilidade social, John diz que as agências só têm a ganhar com a diversidade. “Esses jovens trazem um olhar muito mais fresco para a nossa comunicação, que ainda é elitista.”
A agência digital New Vegas, especializada em mídias sociais, também já
ofereceu estágios e cursos voltados para negros. A Publicis, por sua vez, criou
uma plataforma interna para promover a diversidade e a inclusão, além de um
comitê de diversidade.

Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/12/1943978-diversidade-racial-ganha-
espaco-no-rh-das-agencias-de-publicidade.shtml>. Acesso em: 01 fev. 2019. (adaptado)


Questão 2 - Os Textos I e II apresentam a mesma temática: o racismo; porém, ao compará-los, reconhece-se que:

(A) O primeiro texto condena o racismo e o segundo aponta soluções para a questão.
(B) O Texto I é descritivo e apenas coloca lado a lado, figuras de cérebros
humanos.
(C) Ambos os textos são figurativos e apresentam temas de pouco interesse social.
(D) O Texto II condena as empresas que empregam jovens de raças
diversificadas.
(E) O primeiro texto faz uma crítica visual e o segundo, uma crítica romanceada.

Questão 3 - Os autores dos dois textos dirigem-se a pessoas que
(A) acham que os cérebros devem ser iguais.
(B) leem e que se interessam pelo assunto.
(C) são contrários aos negros e aos oprimidos.
(D) pensam que os brancos são maioria.
(E) lutam contra os direitos humanos.



Leia o texto a seguir.


[...]
Rubião fitava a enseada, eram oito horas da manhã. Quem o visse, com os
polegares metidos no cordão do chambre, à janela de uma grande casa de
Botafogo, cuidaria que ele admirava aquele pedaço de água quieta; mas, em
verdade, vos digo que pensava em outra coisa. Cotejava o passado com o
presente. Que era, há um ano? Professor. Que é agora? Capitalista. Olha
para si, para as chinelas (umas chinelas de Túnis, que lhe deu recente amigo,
Cristiano Palha), para a casa, para o jardim, para a enseada, para os morros e
para o céu; e tudo, desde as chinelas até o céu, tudo entra na mesma sensação
de propriedade.
— Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa ele. Se mana
Piedade tem casado com Quincas Borba, apenas me daria uma esperança
Colateral. Não casou; ambos morreram, e aqui está tudo comigo; de modo que

o que parecia uma desgraça...[...]
ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Quincas Borba. Rio de Janeiro: Jackson, 1959. p. 7. (adaptado)

Questão 4 - A última frase da fala de Rubião não foi terminada. Isso permite ao leitor inferir que
A) Deus sempre realiza os desejos das pessoas desde que eles sejam tristes.
B) a personagem ficou arrasada com a morte da irmã e de Quincas Borba.
C) aquilo que era para ser uma infelicidade, transformou-se em um benefício.
D) Rubião gostava de apreciar a maravilhosa paisagem a seu redor.
E) o casamento da irmã seria a maior felicidade da vida de Rubião.


Leia o texto a seguir e responda às questões 5 e 6.



A Canção Do Senhor Da Guerra
Renato Russo
Existe alguém esperando por você
Que vai comprar a sua juventude
E convencê-lo a vencer
Mais uma guerra sem razão
Já são tantas as crianças
Com armas na mão
Mas explicam novamente que a guerra
Gera empregos, aumenta a produção
Uma guerra sempre avança a tecnologia
Mesmo sendo guerra santa
Quente, morna ou fria
Pra que exportar comida se as armas
Dão mais lucros na exportação?
Existe alguém que está contando com você
Pra lutar em seu lugar já que nessa guerra
Não é ele quem vai morrer
E quando longe de casa
Ferido e com frio
O inimigo você espera
Ele estará com outros velhos
Inventando novos jogos de guerra
Que belíssimas cenas de destruição
Não teremos mais problemas
Com a superpopulação
Veja que uniforme lindo fizemos pra você
E lembre-se sempre que:
Deus está do lado de quem vai vencer
O senhor da guerra não gosta de crianças (6 vezes)
Disponível em: <https://www.letras.mus.br/legiao-urbana/65536/>. Acesso em: 30 abr 2020.



Questão 5 - Assinale os versos em que o eu lírico faz um protesto contra a guerra, revelando uma postura humanitária.
(A) “E lembre-se sempre que:/Deus está do lado de quem vai vencer”
(B) “Pra que exportar comida se as armas/Dão mais lucros na exportação?”
(C) “Mais uma guerra sem razão/Já são tantas as crianças/Com armas na mão.”
(D) “Que belíssimas cenas de destruição/Não teremos mais problemas/Com a superpopulação”
(E) “Uma guerra sempre avança a tecnologia/Mesmo sendo guerra santa/ Quente, morna ou fria.”

Questão 6 – Assinale a alternativa em que as considerações revelam opiniões opostas sobre a guerra
(A) “E convencê-lo a vencer” X “[...] que uniforme lindo fizemos pra você”.
(B) “Mais uma guerra sem razão” X “Que belíssimas cenas de destruição”.
(C) “Pra (você) lutar em seu lugar [...]” X “Ferido e com frio / O inimigo você espera”.
(D) “Uma guerra sempre avança a tecnologia” X “[...] a guerra [...] aumenta a produção”.
(E) “O senhor da guerra não gosta de crianças” X “[...] tantas crianças com armas na mão”.


Bons estudos!

Língua Portuguesa - 1ºAno - EM


Olá, pessoal! Estas atividades têm como objetivo revisar conteúdos que serão abordados na AAP 1º Bimestre. Alguns conteúdos e habilidades já foram trabalhados em sala de aula, outros vocês precisarão pesquisar e assistir às videoaulas aqui sugeridas.
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Atividade 1 – Figuras de linguagem


Habilidade - Analisar os efeitos de sentido provocados pelo uso de figuras de linguagem (ironia, eufemismo, antítese, aliteração, assonância, por exemplo) em textos de diferentes gêneros.
Antes de realizarem os exercícios, peço que assistam ao  vídeo e façam anotações no caderno.
Figuras de Linguagem
Exercícios

Questão 1 (UFPE) - Assinale a alternativa em que o autor NÃO utiliza prosopopeia.

“A) A luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo.” (Clarice Lispector).
B) “Meu nome é Severino, Não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto).
C) “Quando essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu.” (Clarice Lispector).
D) “A poesia vai à esquina comprar jornal”. (Ferreira Gullar).
E) “As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem…” (Drummond).

Questão 2 (FUVEST) - A catacrese, figura que se observa na frase “Montou o cavalo no burro bravo”, ocorre em:
A) Os tempos mudaram, no devagar depressa do tempo.
B) Última flor do Lácio, inculta e bela, és a um tempo esplendor e sepultura.
C) Apressadamente, todos embarcaram no trem.
D) Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.
E) Amanheceu, a luz tem cheiro.

Leia o texto a seguir: 
Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas,rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra.
Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível o uvantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.

(ASSIS, Machado fr. Quincas Borba. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira/INL, 1976.). In:  https://www.mundovestibular.com.br/estudos/portugues/exercicios-de-figura-de-linguagem, acesso em 30 abr 2020.


Questão 3 (UFF) - Assinale dentre as alternativas abaixo, aquela em que o uso da vírgula marca a supressão (elipse) do verbo:
A) Ao vencido, ódio ou compaixão, ao vencedor, as batatas.
B) A paz, nesse caso, é a destruição(…)
C) Daí a alegria da vitória, os hinos, as aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas.
D) (…) mas, rigorosamente, não há morte(…)
E) Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se(…)

Leia o texto abaixo 
DESCOBERTA DA LITERATURA
No dia-a-dia do engenho,
toda a semana, durante,
cochichavam-me em segredo:
saiu um novo romance.
E da feira do domingo
me traziam conspirantes
para que os lesse e explicasse
um romance de barbante.
Sentados na roda morta
de um carro de boi, sem jante,
ouviam o folheto guenzo ,
a seu leitor semelhante,
com as peripécias de espanto
preditas pelos feirantes.
Embora as coisas contadas
e todo o mirabolante,
em nada ou pouco variassem
nos crimes, no amor, nos lances,
e soassem como sabidas
de outros folhetos migrantes,
a tensão era tão densa,
subia tão alarmante,
que o leitor que lia aquilo
como puro alto-falante,
e, sem querer, imantara
todos ali, circunstantes,
receava que confundissem
o de perto com o distante,
o ali com o espaço mágico,
seu franzino com o gigante,
e que o acabassem tomando
pelo autor imaginante
ou tivesse que afrontar
as brabezas do brigante.
(E acabaria, não fossem
contar tudo à Casa-grande:
na moita morta do engenho,
um filho-engenho, perante
cassacos do eito e de tudo,
se estava dando ao desplante
de ler letra analfabeta
de curumba, no caçanje
próprio dos cegos de feira,
muitas vezes meliantes
(…)
João Cabral de Melo Neto



Questão 4- Sobre as figuras de linguagem usadas no texto, relacione as duas colunas abaixo:
1ª COLUNA                                                    2ª COLUNA
(1) Romance de barbante                           (  ) Pleonasmo
(2) Roda morta; folheto guenzo                  (  ) Metáfora
(3) Como puro alto-falante                          (  ) Comparação
(4) Perto/distante                                        (  ) Metonímia
Ali/espaço mágico                                       (  ) Antítese
Franzino/gigante
(5) Cochichavam-me em segredo            

A ordem correta é:
A) 1, 2, 3, 4, 5
B) 5, 2, 3, 1, 4
C) 3, 1, 4, 5, 2
D) 2, 1, 3, 4, 5
E) 2, 4, 5, 3, 1

Leia o texto abaixo:

A novidade
Gilberto Gil
“A novidade veio dar à praia
na qualidade rara de sereia
metade um busto de uma deusa maia
metade um grande rabo de baleia
a novidade era o máximo
do paradoxo estendido na areia
alguns a desejar seus beijos de deusa
outros a desejar seu rabo pra ceia
oh, mundo tão desigual
tudo tão desigual
de um lado este carnaval
do outro a fome total
e a novidade que seria um sonho
milagre risonho da sereia
virava um pesadelo tão medonho
ali naquela praia, ali na areia
a novidade era a guerra
entre o feliz poeta e o esfomeado
estraçalhando uma sereia bonita
despedaçando o sonho pra cada lado”




Questão 5- Gilberto Gil em seu poema usa um procedimento de construção textual que consiste em agrupar idéias de sentidos contrários ou contraditórios numa mesma unidade de significação. A figura de linguagem acima caracterizada é:
A) Metonímia.
B) Paradoxo.
C) Hipérbole.
D) Sinestesia.
E) Sinédoque.

Questão 6 (ANHEMBI) -
Assinale a alternativa que ilustre a Figura de Linguagem descrita na questão anterior:
A) “A novidade veio dar à praia/na qualidade rara de sereia”
B) “A novidade que seria um sonho/o milagre risonho da sereia/virava um pesadelo tão medonho”
C) “A novidade era a guerra/entre o feliz poeta e o esfomeado”
D) “Metade o busto de uma deusa maia/metade um grande rabo de baleia”
E) “A novidade era o máximo/do paradoxo estendido na areia”

ATENÇÃO: Quem puder acessar, por favor jogue este jogo da memória com figuras de linguagem. Excelente passatempo para memorizar as características de cada figura.
·         Jogo da Memória Figuras de Linguagem: 

Atividade 2 – Práticas de leitura e escrita – Intertextualidade


Habilidade: Atribuir significados pela comparação entre textos a partir de diferentes relações intertextuais

Antes de realizar os exercícios, assista aos vídeo a seguir:

                                                       Intertextualidade 


                                                Intertextualidade e Paráfrase 


Questão 1 


Questão 2 

Questão 3 

Questão 4 

Questão 5 

Bons estudos!

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Fracionando Figuras.


         MATEMÁTICA-7ºANO
         PROF-CÉLIA CRISTINA ALVES
       -Habilidade: H04 - Identificar diferentes representações de um mesmo número racional.

      ATIVIDADE 1 – FRACIONANDO FIGURAS

      a) Represente, por meio de uma fração, a parte pintada das figuras a seguir.



     b) Pinte a fração que corresponde a parte cinza em cada uma das figuras apresentadas a seguir.

  Responda.
    Qual o significado da parte superior da fração?

    Qual o significado da parte inferior da fração ?



 c) Represente a fração correspondente nas figuras a seguir.



Postagem em destaque

 Atividade 2º Bim.   De 08-6 a 23-06    Prof. Luciano   Nome-                                                  nº-       Atividade...

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